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domingo, julho 30, 2006

A avó Júlia já sabe...

Meu doce, hoje finalmente contámos à avó Júlia, que ficou muito contente por saber de ti. Completaste na passsada sexta-feira 12 semanas, está um verdadeito matulão ou matulona. O teu cérebro não tem o mesmo tamanho que no nascimento, porém tem já a mesma estrutura. Formaram-se as cordas vocais e já podes emitir sons. O fígado começa a segregar bílis e os intestinos já migraram do cordão umbilical para o teu abdomen. A tiróide e a bexiga estão completamente construídas, bem como o pâncreas, que começa a produzir insulina. Já tens reflexos e também movimentos de prática na área digestiva. Tudo isto em preparação para a vida extra-uterina. Tens aproximadamente 89 mm e pesas de 12 a 14 gramas.
Amanhã vou fazer nova ecografia (exame de translucência nucal e morfológico). A medição da TN estuda a translucência nucal dos fetos com 12 semanas, e depois relaciona com a idade materna e antecedentes obstétricos para poder dar a probabilidade de alterações cromossómicas. A translucência nucal representa um pequeno acumulado de líquido que ocorre na região da nuca do bebê, durante um curto período da gravidez. Kypros Nicolaides, um pesquisador cipriota radicado em Londres estudou que fetos portadores de síndrome de Down possuíam um aumento desta região, perceptível e mensurável ao ultra-som, ainda no 1º trimestre, entre 11 e 14 semanas, quando ele mede entre 45 e 84 mm de CCN (Comprimento Cabeça-Nádegas). Posteriormente, vários pesquisadores identificaram uma relação entre o aumento da translucência nucal e várias anormalidades fetais, genéticas e não-genéticas. Particularmente nos fetos com cromossomas normais, várias doenças ligadas ao sistema circulatório (coração) e ósseas foram descritas. A translucência nucal possui sensibilidade média de 60% para diagnóstico de síndrome de Down, quando medida na técnica adequada. Se associada à idade materna e à medida do CCN, esta sensibilidade pode chegar a 85%. A medida de translucência nucal permite reposicionar a gestante num cálculo de risco para cromossomopatias, grupo de doenças genéticas que inclui a Síndrome de Down. Uma gestante pode reduzir várias vezes o risco relacionado à idade, quando apresenta uma medida normal. Por ser um exame ultra-sonográfico, sem riscos para o bebê, recomenda-se a sua realização em todas as gestações, independente do risco genético presente. É importante lembrar que este exame não é para diagnóstico e sim um screening para se ver a probabilidade, de acordo com a idade materna, antecedentes e espessura da prega, de se ter alguma alteração genética. Durante o exame ultra-sonográfico para medida da translucência nucal, é realizado o ultra-som morfológico de primeiro trimestre, que permite avaliar toda a anatomia interna e externa do bebê em desenvolvimento. Neste ultra-som, vários órgãos, sistemas e vasos são pesquisados. Por ser mais detalhado, o exame é mais demorado que os outros, pois são verificados: o número de bebés, a localização da placenta, a medida do colo uterino e toda a Morfologia Fetal (Pólo Cefálico, Cérebro, Face, Coluna, Nuca, Tórax, Coração, Abdomen, Aparelho Genito-Urinário, Extremidades, etc). Além disso, é feita a identificação e a avaliação do saco gestacional, a principal datação da gestação (que será utilizada como referência para toda a gestação) e o comprimento do bebê (CCN - Comprimento Cabeça-Nádegas).
Uma beijoca, meu anjo. Logo à tarde contamos ao avô Leonel!

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