Apenas o faria quando tudo tivesse terminado em bem.
Ele viria para casa, e seria apenas mais um episódio.
Mas não foi assim.
Uma das últimas visitas que fez foi, precisamente, ao Eduardo. Numa sexta-feira. Regressou de férias e veio trazer-lhe um boné que lhe tinha comprado. Já lhe custou subir as escadas. Um cansaço que não entendia. No domingo seguinte diagnosticam-lhe pneumonia e fica então em casa, de repouso. Quase uma semana decorrida, neste último sábado, levado pelo Pedro, vai de novo ao hospital pois o tal cansaço continua. Fica internado devido a problemas cardíacos. Diz o Pedro que hoje lhe parecia melhor.
Deixa muitas saudades.
A riqueza da vida são as pessoas que nos rodeiam.
Ficamos todos hoje um pouco mais pobres.
Esta foto foi tirada cá em casa, tinhas tu apenas 9 dias. O seu rosto ilumina-se quando te via, filho. Chamava-te "Dádinho". Já no hospital disse que ainda queria ver-te a andar. O teu apelido Manita a este bisavô o deves. Usa-o com orgulho, e faz por merecê-lo pela vida fora.
1 comentário:
Foi com surpresa e mágoa que recebi esta notícia porque parecia vender saúde e poder ainda viver alguns anos para as viagens que tanto gostava de fazer. Que pena que não continue a ver o nosso neto Eduardo crescer, que pena que deixe a minha cunhada Cremilde sem pai, a D. Fernanda, uma senhora muita alegre e simpática, sem marido, o meu genro Pedro e a minha filha Sandra, a minha sobrinha Pipoka e o Ricardo sem avô, o meu cunhado Nelson e o meu compadre Leonel sem sogro. Como vê "avô" Manita, vai fazer-nos muita falta. Um grande abraço de saudade, um dia havemos de nos encontrar num "Docinho de Mel" qualquer.
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